terça-feira, janeiro 01, 2008

As águas de março tocaram meus cabelos e de leve o voar do pavão misterioso fez girar a roda viva do meu coração. E andando calmamente na vila do sossego, pude perceber que soavam bandolins ao longe anunciando a primavera das paixões perdidas e loucas. Apesar de estar cansada de sofrer amores, já sei namorar e aprendi a não ser de ninguém, já que ser de alguém dói quando não somos mais.
Sou dela, sou dele e beija eu! Beija eu pois não se sabe até quando a respiração dura e o sangue corre já que maior vencedor diante do jogador que sonha é mesmo a vida, já que leva mesmo o tempo perdido e risca as memórias num chão de giz esquisito, esquelético onde ossos irradiam e mostram idade do carbono devorável, renovável.
Assim como a vida, somos biodegradáveis, recicláveis e reutilizáveis.

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