sábado, fevereiro 20, 2010

Despediu-se
Como um anjo que vai aos ceus cuidar das almas
Foi-se
Como uma flor que murcha nos túmulos

Andou, como anda-se sem rumo
Para longe, para distante de onde caminha
Casa, sem abrigo assim sozinho
Sem desejo, sem carinho, sem um fumo

Galgou-se
Metas que desconheces
Falou-se
Sonhos que nem vivestes

Caminhou sem minha proteção pelos ares
Não se preocupou com as ondas
Nem se importou com meus suspiros
Meu bem foi e deixou meu vestido

Galopou pelo universo perdido
De ilusões que se vão
Formou-se numa vida maluca
Prolixa, louca, em vão

Nem quis saber de um beijo
Que proteção há nos imensos deuses
De desejo que existe nas Evas
Que inocência há nos Adões;


Se um beijo sozinho me faltou
que não me faltem infinitas gratidões.

2 comentários:

maN bOwerline disse...

Nossa,eu amei,fiquei realmente maravilhado!

Mauro Aniceto disse...

Puxa!O acaso me vez chegar até aqui, fiquei realmente maravilhado com sua sensibilidade, seu poema é cheio de magia,doce e puro.A forma com descreve seu desfecho, cheio de em lace, e capaz de fazer os enamorados flutuar.Parabéns pelo lindo poema. um abraço de um novo fã, e coloquei seu blog nós meus blogs favoritos.Abraços e paz