Sobre o velório do amor e outras mazelas;
Faculdade é um lugar propício a velha tríade: sexo, drogas e rock and roll, mas certas dinâmicas vitais escapam ao meu entendimento dentro desse contexto. Sempre fui muito de sair, aproveitar essa fase maluca que é os místicos "20 e poucos anos", mas de uns tempos pra cá, mais precisamente, de um ano pra cá, o excesso de pegação, de amanhecer na balada, de querer morrer de beber e de não lembrar da noite anterior passaram a se tornar insuportáveis, insanos demais, ridículos demais, desesperados demais.
Tanta gente apertando a gente, multidões desnecessárias, milhões de telefones que a gente pega e não liga, mais outras mil pessoas que a gente conversa e não lembra... Ainda mais falando de Goiânia, parece que eu já vi de tudo. Parece que eu já esbarrei com todas as pessoas possíveis em festas e isso me parece comum, sem graça e superficial.
Milhares de caras que você cansou de ver procuram espaços para falar com pessoas mais influentes em portas de boites, outras milhares de caras hipócritas, sorridentes e empolgadas que enojam. São mais aquelas milhares que não te respeitam, que te apunhalam pelas costas, que sorriem profanando espinhos e buscam apenas interesses mesquinhos por diversão. Sério? CHEGA. Tudo bem que essa é a selva das relações humanas e que isso se faz necessário para a vida, mas tá ok, uma hora cansa.
Na hora que você precisa, seus amigos de balada não estão presentes, se o seu carro é roubado, o amigo da carona some. É tudo interesse, jogatina, sujeira das piores e você continua sorrindo procurando o seu melhor vestido pra se enfiar num espaço puramente interessado no seu exterior? Vamos lá: CANSEI.
Não digo isso ao sair com grandes amigos e matar muita saudade. O importante do lugar é companhia e estar ligado a quem ama de alguma forma que possa agradá-lo. A companhia deve te fazer confortável, sem competição, sem disputas de egos e sem interesses. Relações de igual para igual que se interessam apenas em sorrisos e abraços é muito mais válida e duradoura.
Ah, sobre o velório do amor eu lamento muito que muitos juvenis estejam nesse caminho. Sem fundamentalismos, (eu entendi a ironia, a piada, o sarcasmo do título) eu não aguento mais essa banalização de carnes expostas. Quanta agonia dessa pornografia declarada e dessa exacerbação sexual. Não estou dizendo que a libertação sexual seja ruim, só detesto banalização e falta de conhecimento.
Que esse texto todo não soe como moralista, pois isso é algo que definitivamente não sou. Que soe como um alerta a você que fica perdendo tempo e pouco faz para a sua própria felicidade desconsiderando a sua essência.
E sim, todo mundo tem que ter uma fase fútil, assim como eu tenho e tive, mas tomara que isso passe logo. E, ah, continuo a favor das milhões de coisas que trazem diversão, mas dê a cara a tapa, vai? ;D Mostra a essência e joga esse lance de aparência lá pra puta que pariu.
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