quinta-feira, dezembro 08, 2011

Adeus, Goiânia


Foram 4 anos de vida universitária na conhecida cidade do pequi ou “das mulheres bonitas” e esse tempo por aqui, depois de idas e vindas e morar só e república e quase conhecer a cidade inteira pelas andanças que sempre gostei de fazer, nada mais justo do que fazer as minhas observações da capital de goiás.

Goiânia é uma cidade muito acolhedora. Deve ser por causa do carão de interior que a cidade ainda ostenta em suas relações sociais. E isso torna o lugar muito propício para se fazer amigos, para se sentar numa esquina onde tem um botequinho charmoso e tomar uma cerveja MUITO gelada, afinal, pra quem conhece, sabe que isso aqui é quente pra cacete.

Constatei, que esses 4 anos cheios das melhores lembranças universitárias carregaram algumas observações interessantes acerca da cidade e que alguns goianienses me perdoem, mas eu vou falar mesmo.

O trânsito zona
Queria entender, juro, o porquê que nessa cidade não se respeitam os semáforos. Gente, atravessar aquela praça cívica num horário de pico é quase que ter um quase encontro diário com a D. morte. E aquele trecho da Av. Araguaia que fica ali próximo ao Banana Shopping então? Sério, é quase impossível.

Em Goiânia, pude constatar que raros são os cidadãos que respeitam o trânsito. Faixa de pedestre é apenas um monte de listras pintadas no chão que não fazem o menor sentido, pelo que me parece. Aqui eu sou pedestre. E pedestre sofre!

Das poucas vezes que dirigi aqui, parece-me que falta civilidade, inclusive na hora de abrir espaço para passar na frente, quando necessário. E essas vias tão curtas (que não foram preparadas para andar em alta velocidade) são verdadeiras pistas de racha, onde parece que um quer correr mais que o outro. Deus me livre!

Os mil barzinhos e botecos

Tá aí uma das coisas que eu vou sentir muita falta de morar aqui: os bares e botecos. Tem pra todos os gostos, dos mais variados temas e com as mais variadas músicas. Isso é realmente muito bacana! E outra: é tudo muito pertinho. O bar é perto da boite, que é perto do boteco, que é perto do boliche; o que facilita muito na hora que você decide ir prum lugar, ele tá meio miado e você opta por outro quase na mesma hora.

Elegi o Officina Bar, como o meu favorito da cidade. Sem aquele povo frescurento do Saccaria ou aquele sertanejo do Taurino. É um lugar neutro, onde se vê todo tipo de gente e que se pode chegar pra tomar uma gelada em garrafa de 600 ml. (não é que nem no Villa Marista que só tem Long Neck AARRGGHH).

Outros favoritos são o Kbça (antes de começar a servir só Devassa e Nova Schin), o Taberna do Ogro (apesar de pecar no péssimo atendimento) e o Caldos 24 h que é bem eclético à la Officina.

Os machistas de plantão

Aqui em Goiânia, uma das frases que mais escuto sair da boca de alguns homens é: “sou bruto, rústico e sistemático” (não foram poucas vezes). E tudo bem que seja uma gracinha, um trocadilho com a música homônima, mas porra dá nos nervos é sério. E aqui também se escuta muito da machaiada que mulher daqui é bonita e fácil, mas nas baladinhas à la Royal e Sedna, ninguém chega em ninguém se não tiver muito bêbado. FAZFAVÔ!

As mulheres aqui são realmente maravilhosas, isso é fato. Mas isso não dá o direito da classe masculina sair “metendo o pau” (ficou ambíguo. temço) em mulheres que por eles mesmos são consideradas “fáceis demais”. Seguinte, se homem aqui é frouxo, mulher tem que chegar mesmo. E digo mais, escolher. Afinal, são lindas, muitas delas inteligentes e que merecem o maior respeito.

Porém, muitas, muitas mesmo precisam também se respeitar e se valorizar, claro.

O tal do sobrenome
Você é da família tal? Do fulaninho de tal? Filho do cicrano de tal? Conhece a família X? Na família Y só tem gente rica e poderosa aqui em Goiânia. O QUÊ? Essa é a configuração de capital onde se pergunta “você é filho de quem?” Ouvi isso aqui na cidade, não apenas uma vez e nem duas, mas várias.

E isso, eu juro que me põe pra pensar em outros sistemas sociais, como as castas, por exemplo. (eu sei que não tem muito a ver, mas ok)

O transporte coletivo

ACREDITEM. O transporte público em Goiânia é muito bom. Organizado, ônibus novinhos, a maior consideração com os deficientes físicos, não se anda muito para chegar a algum lugar e muitas vezes também, não se espera muito para pegar um ônibus. O ruim é que param à meia noite.

Horários, feriados e finais de semana
Goiânia é uma das poucas capitais que eu conheço que TUDO fecha às 21 horas (quando não é às 20h); farmácia, padaria, supermercado, lojinha, loja de rua, camelódromos. E quem não tem tempo pra comprar as coisas no horário comercial? Só apelando pros preços absurdos dos 24 horas ou das sardinhas e hambúrgueres das lojas de conveniência.

Outra coisa muito peculiar daqui é que pelo menos aqui no Centro/ Setor Sul, os restaurantes fecham nos fins de semana. Domingo é impossível almoçar num restaurante sem ser a la carte. Só indo no shopping mesmo. Aliás, o que funciona aos domingos e feriados em Gyn? Só bar mesmo.

Algo interessante de ressaltar é que restaurante também, começa a servir as refeições 11:30 e acabam e fecham o restaurante umas 14:00. COMASSIM? E se não der tempo de almoçar? E se eu só puder às 15 horas? Só apelando pros giraffas, pit dogs (que nem vão ter mais na Rua 10 ADORAVA) e pros bares que servem umas panelinhas deliciosas. NHOM NHOM!

A comida barata
Um casal come BEM em Goiânia por no máximo 60 reais. Isso sem falar na variedade de cozinhas que tem aqui na cidade (e boas); tem sushi, mineira, chinesa, espanhola, mexicana, tailandesa. E tudo isso com a maior qualidade e variedade possível. Além disso, os restaurantes são extremamente charmosinhos e com preços ótimos.

De todos em que já fui, o recomendado (pro tipo de comida que eu gosto) é o Carne de Sol 1008. Com aquele espetinho maravilhoso de carne de sol, mandioca e feijão tropeiro. Se pudesse comer isso a vida toda, eu comeria, juro.

Recomendo também o Peixinho, o Zu Kaiten e o Tao para comer um peixe delicioso, seja ele cru ou não.

Vou sentir falta dos preços das comidas por aqui. Ah, vou mesmo!

3 comentários:

Mozer disse...

Dani, sou goianiense e não me senti ofendido, porque é a realidade da cidade. Só discordo da parte to transporte público, os ônibus estão demorando mais do que o normal pra passar. Mas de resto, concordo, e fico feliz que você gostou da minha cidade! Volte sempre e me avisa, pra gente dançar um forrozim! Beijão, boa sorte na vida!

Anônimo disse...

Ei, na 10 os pit-dog's estão sendo reconstruídos!!! No mais concordo plenamente!

Riziely disse...

Curti Dani! Uma balanço da vida em Goiania! =D São fases boas da vida nao é?!

Bjao