quarta-feira, novembro 17, 2010

Brianna a balzaquiana

Ao escrever sobre a plenitude do amor aos trinta, Honoré de Balzac não conhecia Brianna. Uma mulher normal de trinta e dois anos, de cabelos longos, sorriso largo, barriguinha saliente, colo saltante e olhar doce, Brianna era boa cozinheira, animada e muito dedicada no trabalho. Porém toda essa normalidade, escondia um coração muito magoado que carregava um histórico sutil de sete traições.

SETE TRAIÇÕES? Sete descobertas, ela dizia. As outras ela preferia não saber. Entre ter sido trocada por uma mais feia, uma mais bonita, uma mais burra, uma mais inteligente e uma mais gostosa, casou-se e jogou tudo pro alto ao descobrir que foi traída por um mais alto. Aos trinta e dois anos, sem filhos, numa quitinete arrumadinha e apertada, ninguém pensaria na plenitude do amor.

Haveria a chance de Brianna finalmente encontrar-se nas graças de seu Carlos Vandenesse? Ou continuaria sonhando eternamente com seus encontros noturnos com Alain Delon?

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