Todos os dias eu me pergunto "que diabos é a tal geração Y?" todo mundo conceitua e cada vez mais eu me perco quando eu de fato, estou nessa tal "geração Y". Quando de novo, eu volto para o conceito essencial disso, me vejo presa dentro dessa estupidez de geração.
Era dos descontentes, de namoros, casamentos e empregos rápidos. Era da exaltação do prazer carnal, mas de um prazer muito culpado na hora de abandonar o que te doi. Época onde largar o terno e viajar é um perigo pois ser workholic é mais divertido do que ser free.
Tempo de redes sociais, onde no Twitter todo mundo precisa ser competente "pois as empresas estão te vigiando". Isso! Época de vigilância constante, das câmeras no elevador ao seu chefe no Facebook. Época que faculdade não é mais um privilégio de quem realmente quer saber, mas uma necessidade de quem quer um emprego melhor.
Era que desconheceu Beatles e o LSD mas que conheceu o Restart e os vícios estúpidos em uma bestialização cultural imensa. Época da banalização do sexo na webcam e da falta de ideias. Tempo de jogar playstation e cometer atrocidades anti-cidadãs. Hora de deixar o filho em casa, trabalhar como um condenado e não entender os acessos de falta de atenção e descaso cometidos.
Época que TODO MUNDO precisa ser bem sucedido para ter uma TV de plasma na sala e fazer sexo todos os dias com uma pele impecável, um corpo saradão e uma eterna vitalidade.
Era que as mulheres de 50 estão mais novas do que as meninas de 18 e as meninas de 15 estão grávidas ou com as piores crises existenciais do mundo. Época que a autoestima está diretamente relacionada com quantas vezes você vai ao banheiro, aplica botox ou toma pílulas de colágeno.
Aquela época que o importante sempre "é se sentir bem" sem se importar com o outro. Aquela época dos fast foods viciantes, deliciosos e destrutivos que fazem você ficar gordo e menos atraente. O prazer culpado não é mais latente. É a época feliz onde todo mundo quer um carro mas não quer ficar preso no engarrafamento.
É a era legal onde todo mundo quer ter dinheiro e não quer trabalhar. É a ascensão da classe média consumista, era de estourar os ouvidos em música eletrônica ou de estourar a vida consumindo drogas em raves que duram 10 dias.
Época da contradYção. Era da Ynterrogação.
Me tira daqui?
2 comentários:
Massa demais o texto. E é claro, quero minha tv de plasma.
Me tira daqui tbm, Dani!
Tudo tão superficial. E, imagine que eu pensei nessas coisas esses dias. Ser workholic é mais divertido... Curiosíssimo como as pessoas não se contentam, e ostentam, e esfregam na sua cara: "haha, eu trabalho mais do que você". Todo mundo TEM que ser bem sucedido, comprar AP, carro, e sim! A tal da TV de plasma. É... Faz o que pra fugir de tudo isso?
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