Não é a cor da roupa que faz a gente gostar de alguém. Muito menos o corte de cabelo ou os livros que ela leu. Não tem absolutamente nada a ver com quanto dinheiro ela tem na conta bancária ou muito menos com o celular que ela tem. Gostar de alguém não também não tem nada a ver com pele, química e cheiro (complementa, mas não tem nada a ver). Gostar de alguém não tem muito a ver com a casa que se vive, com os erros do passado ou com as duras lições do presente.
Não se gosta de alguém por que existiu os amores de Shakespeare. Não existe gostar de alguém só porque ela gosta de filmes cult, não existe amar demais só porquê ela já ouviu mais de um milhão de bandas diferentes. Não é possível gostar da "pessoa pacífica" só por pura proclamação da paz.
A pupila entrega de quem a gente gosta. E como eu disse, não tem nada de muito a ver com as citadas acima. O coração acelera não pelos filmes, pelas músicas ou pela grana. O coração acelera de querer mais, de gostar do que não se pode gostar, não pela necessidade do impossível, mas pelas certezas do que é possível. Se gosta sim daquela pessoa que não faz nada certo, que erra, que assusta, mas que faz as sinapses ficarem reversas e o coração bater ao contrário.
Ele gosta daquela mulher que manda, que trepa mal. Ela gosta daquele cara grosso e por aí e tal. E todos são aqueles que tropeçam quando tentam definir o gostar de alguém ou entender de que maneira ou de que desmaneira, a gente se machuca tanto e não entende as armações do (destino?) (acaso?).
Talvez isso explique porque você não pode amar "aquele cara bonzinho" ou "aquela menina perfeitinha".
"Viemos ao mundo para reconhecer nossas tribos, que foram espalhadas por aí de alguma forma meio mística, talvez..."
Um comentário:
Eu tinha escrito um artigo sobre o assunto, mas acabei apagando tudo e fazendo uma poesia bobinha: Abro uma exceção.
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