Na hora do café da manhã, olhando para a caixinha de leite ou pra caixinha de suco, essa frase me atormenta. Primeiro pelo fato de comprar as coisas só para o meu consumo, (e muitas vezes acaba perdendo ou mesmo sobrando para mais de 6 dias, por exemplo) penso na situação das muitas pessoas que, como eu, também passam pela mesma coisa e acabam jogando suco ou leite fora. Me dá uma dor no coração perceber que esse sistema que estamos inseridos é o sistema do consumo rápido, desenfreado e com descarte quase que instantâneo.
Me doi o coração imaginar que outras pessoas precisariam de um copo de suco ou leite.
Mas me doi ainda mais cogitar o quanto levamos isso para a nossa vida pessoal. Pessoas, como o suco e o leite, andam descartáveis. O network do capitalismo é só poder contar com alguém (por 3 dias) e depois desaparecer. Pessoas, como o suco e o leite, estragam, sacaneiam, machucam e não estão mais próprias para o "consumo". Pior ainda é aquelas pessoas que insistem em colocar as outras na "geladeira" para durar mais. Colocar alguém na geladeira é encarar um ser da sua espécie como um mero item para usufruir e resfriar. Nesse ciclo, você pensa:
Quem sou eu? O suco novo? O suco jogado fora? Ou o da geladeira?
Somos tudo, todos os dias. Mas eu penso: precisa mesmo ser assim?
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