quinta-feira, julho 05, 2012

Follow fashion or die? (!)


Essa semana a questão da blogueira shame veio a tona. Sua identidade sendo revelada e milhares de discussões a respeito desse universo das famosas "blogueiras de moda". Não vou mentir que é sonho de muitas meninas vestir roupinha de graça, ganhar cosméticos mil e exaltar o universo do consumo de moda, viagens e alta gastronomia. Sinceramente, admito que eu já quis ganhar grana com isso, mas depois que eu fui em um desses "encontros de blogueiras", deu vontade de metralhar todas elas. (sorry)

Um encontro de meninas plásticas, fardadas e exaltando seus "blogs" que para mim, começaram a ter um sentido absolutamente fútil. Sem conteúdo, sem estilo. Mas com muita cópia de "looks", "unha do dia" e "look do dia". E que não passavam de "cópia do dia." Um encontro de interesses, de falta de vontade de fazer contatos bacanas. Uma verdadeira falta de vontade de conhecer o ser e valorizar apenas o ter.

A sociedade do espetáculo passa a fazer muito sentido com tantos smartphones, blogs de moda e redes sociais. Anônimos passaram a ser famosos e as tais blogueiras de moda são quase gurus no quesito e dão dicas e influenciam até as famosas. Então, quer mais "prestígio" do que esse? Ver o closet das blogueiras ou seus almoços impecáveis tirados do instagr.am são de admirar, mas, até que ponto são reais? E esse foi um ponto que a shame tocou no assunto no #youPIX: a falta de sinceridade das blogueiras com as suas leitoras e seguidoras fieis.

Antes de crucificar todo mundo, existem meninas bacanas, que fazem trabalhos excelentes. Contribuem para as marcas e sim, trabalham muito! Empregam pessoas, movimentam a economia e podem também, influenciar (e influenciam) para o bem. Que tal usar essa ferramenta tão poderosa para falar de coisa boa também? A moda não é excludente, não é para magoar. É uma pena que, para certas pessoas ela é uma forma obsessiva de oprimir e ser oprimido.

"Os homens fazem as ferramentas. As ferramentas refazem os homens."

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