Armina tinha 24. Morena, baixinha, cabelos pretos e lisos curtos como índia de franjinha e tudo. Colecionava adesivos, folhinhas de fichário, selos coloridos, canetinhas com cheiro e presilhas de cabelo. Andava sempre assim, coloridinha, menininha, toda serelepe e fofa. Uma coisa que a deixava chateada era que nunca conseguiu arrumar alguém. Seu jeito de criança espantava a maioria dos homens, julgando-a "imatura demais para um relacionamento".
Mesmo assim, Armina continuava acreditando nas suas figurinhas do "Amar é" e pensando em amores da sessão da tarde que assistia enquanto estava no trabalho, preenchendo a agenda de seu chefe com canetas coloridas. Armina adorava doces, mas era enjoativa demais para qualquer cara.
Quando deparou-se com um paciente do médico para qual ela trabalhava, o coração bateu diferente e colorido como um cupcake ficando pronto. O paciente-impaciente notou uma química hospitalar entre eles. Saindo direto dali, ele colocou a mão dentro da saia de Armina e pediu para ver sua calcinha.. Armina não entendeu mas topou todo aquele assanhamento, afinal, havia tempos que não o fazia. Sua calcinha da Hello Kitty enlouqueceu o rapaz, que amava ninfetas como ela. Logo apaixonaram-se e namoraram.
O relacionamento acabou. Armina disse que sentia como se ele fosse o pai dela. Vai entender...
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