terça-feira, dezembro 04, 2012

A selva urbana: diários de locomoção


Sempre fui uma pessoa urbana e fixada em ter tudo por perto: bancos, pontos de ônibus, supermercados e tudo mais porque sempre curti esse lance de ser mais independente mesmo. Poder ir para qualquer lugar, a qualquer hora e resolver as minhas pendências em tempo hábil suficiente para também, bater perna para olhar vitrines é algo muito atrativo pra mim.

Porém, a cada amanhecer aqui em Goiânia, eu percebo com a urbanização, o crescimento da população, o aumento da frota de carros e inúmeras outras consequências oriundas da falta de planejamento, da pressão das indústrias em cima do governo e também da própria falta de vontade das pessoas de querer mudar alguma coisa.

Falo isso porque todos os dias nós enfrentamos uma selva: a nossa locomoção. Ônibus lotados, engarrafamentos, pessoas metendo os cotovelos nas outras para entrar nos ônibus ou mesmo quase enfiando as motos e/ou carros na frente uns dos outros para ver quem chega primeiro. Falta de educação, de bom senso e empatia é o que impera nos primeiros horários da manhã quando o humor tá péssimo, quando queríamos estar nas nossas camas.

E já sobre os carros, andei lendo uns textos de teóricos estrangeiros que defendem que ele está com seus dias contados. Na Europa e EUA já é tendência. Cidadãos largando seus carros para andar de bicicleta pelas cidades. Regresso? Nada! Evolução. Porém, para alcançarmos esse auge de desenvolvimento no país, precisamos nos conscientizar e pressionar os governos por ciclovias, transporte público de qualidade e também mais respeito para não transformar a cidade em uma selva. E pior: uma selva poluída.

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